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Sem dúvida, estamos passando por um momento que reúne as condições ideais para investir em energia solar. Desde a regulação da geração distribuída no Brasil, que ocorreu em 2012, nunca houve uma sinergia de fatores que tornou a energia solar tão atraente quanto agora. Pudera: o Brasil vive sua pior crise energética da história, a conta de luz nunca esteve tão cara e o marco legal da energia solar está perto de ser aprovado pelo Congresso.
Portanto, hoje, a energia solar é um dos investimentos mais rentáveis do mercado, cujo payback está cada vez mais rápido. Isto é: cerca de 3 anos (ou menos) para empresa e 4,5 anos (ou menos) para residências. Além disso, adotar o uso de uma energia limpa ajuda a desafogar o sistema elétrico brasileiro, o que pode evitar uma situação ainda mais grave, como apagões.
Vamos falar de cada um desses fatores?
Crise energética mais grave
O Brasil vive a pior crise hídrica da sua história. Trata-se de uma situação delicada, que está exigindo de todos os brasileiros um esforço para reduzir o consumo de energia elétrica, sob pena de sofrer com os temidos apagões. De acordo com diversos veículos de imprensa, há uma chance real de o país adotar, nos próximos meses, um racionamento de energia. Neste caso, todo o sistema produtivo do país, além das residências, poderiam ficar parte do dia sem energia elétrica.
E sabe por qual motivo isso está ocorrendo? Por causa da falta de chuvas nos principais reservatórios de água do país. O Brasil possui uma matriz energética extremamente dependente da água – cerca de 85% da geração de energia vem das hidrelétricas. Por isso, um período prolongado de seca, como estamos vivendo agora, pode ameaçar o funcionamento de praticamente todo o sistema elétrico.
Com o uso de energia solar, o consumidor está colaborando com a redução dessa dependência das chuvas. Ou seja: está, de forma direta, colaborando com a sobrevivência do sistema elétrico do país. Junto disso, pode reduzir em até 95% o custo com a energia elétrica.
Conta de luz mais cara da história
Sim, 2021 é o ano da conta de luz mais cara de toda a história. Por vários motivos, mas, fundamentalmente, por causa da crise energética. Vamos fazer uma breve recapitulação dos aumentos só neste ano.
1 – Reajuste anual das concessionárias
Neste ano, a projeção era de que as duas concessionárias que operam no Rio Grande do Sul anunciassem um aumento acima da inflação. Por enquanto, o reajuste da RGE já confirmou essa expectativa. A empresa, que atende 381 municípios do Rio Grande do Sul, já aplicou aumento médio de 9,93% para os clientes do grupo B, conectados na baixa tensão (residências, propriedades rurais, indústrias e comércios de pequeno porte). Os consumidores ligados à alta tensão (indústrias e comércios de grande porte), por conseguinte, terão aumento médio de 10%.
Em breve, será a vez da CEEE anunciar o percentual do seu reajuste – a previsão é de que seja, também, acima da inflação projetada para este ano.
2 – Bandeira vermelha já teve reajuste de 52%
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou em junho um reajuste de 52% na bandeira vermelha patamar 2. A taxa vai de R$ 6,243 por 100 kWh para R$ 9,49 por 100 kWh. A decisão foi tomada por quatro votos contra um. A diretoria da Aneel, aliás, decidiu também novos valores para as outras bandeiras. A amarela será de R$ 1,874 a cada 100 kWh; a vermelha patamar 1, de R$ 3,971 a cada 100 kWh.
3 – Criação de nova bandeira tarifária e mais um aumento de 50%
Na última semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a criação de uma nova bandeira tarifária na conta de luz, chamada de bandeira de escassez hídrica. A taxa extra será de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) consumidos e já entra em vigor a partir do dia 1º setembro, permanecendo vigente até abril do ano que vem. O novo patamar representa um aumento de R$ 4,71, cerca de 50%, em relação à bandeira vermelha patamar 2, até então o maior patamar, no valor R$ 9,49 por 100 kWh.
Iminência de aprovação do Marco legal da energia solar
O texto do novo Marco Legal da energia solar passou recentemente pela aprovação da Câmara dos Deputados, em Brasília. A proposta segue agora para a análise do Senado, prevista para ocorrer em outubro. Passando pelo Senado, enfim, o texto vai para a sanção do presidente da república. Bem, mas você deve estar se perguntando: que diferença isso faz? Faz toda diferença.
Se aprovado, o Marco legal da energia solar estabelece um novo prazo de isenção tarifária para o consumidor de energia solar. Ou seja: quem decidir investir em energia solar um ano após a aprovação da lei, vai pagar um pouco mais caro – e poderá ter um tempo de retorno do investimento um pouco maior.
Isso significa que o investimento em energia solar, para ser ainda mais rentável, deve ser realizado o quanto antes. Para que o consumidor mantenha as vantagens atuais, o sistema fotovoltaico deve entrar em funcionamento até um ano depois da vigência do Marco Legal.
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